sábado, 6 de abril de 2013

Classificação Eutéria


Eutérios 
Os animais dessa subclasse são conhecidos como placentários e constituem o maior grupo de mamíferos, com muitas ordens, bastante diversificada. A característica marcante dos eutérios é a existência de placenta durante o desenvolvimento embrionário. A placenta é uma região especial do cório, rica em vilosidade que se ramificam no endométrio (parede uterina), e que possibilita a troca eficiente de substâncias entre o sangue materno e o do embrião em desenvolvimento. Água, sais, oxigênio, hormônio, anticorpos, enzimas, ácidos graxos, aminoácidos, vitaminas e glicose são substâncias que passam facilmente da circulação materna para o sangue fetal. O CO2, a ureia e o ácido úrico são removidos do sangue fetal pela placenta, que vem, ainda, função endócrina, pois  produz hormônios que garantem o correto metabolismo e o desenvolvimento do embrião. Veja a seguir, um resumo das principais ordens de mamíferos placentários.

 Quirópteros: (quiro = mão; ptero = asa) são os morcegos, com os membros anteriores modificados em asas. Eles têm olhos reduzidos e excepcional capacidade auditiva: captam ultrassons que eles próprios emitem e que lhes permitem calcular com precisão a localização dos obstáculos à frente, desviando-se deles. São geralmente animais de hábito noturno. Alguns se alimentam de frutas e de néctar de algumas flores que só se abrem à noite. Outros comem insetos, pequenos lagartos, ratos e rã. As espécies que se alimentam de sangue (hematófagas), chamadas de vampiros, atacam o gado e outros animais, inclusive o ser humano. Nesses ataques pode ser transmitida a raiva ou hidrofobia, uma grave virose que, sem vacinação, é mortal.


Roedores: esta é a maior ordem de mamíferos. Sua característica marcante é a presença de dentes incisivos longos, cortantes, de crescimento contínuo. Normalmente são animais pequenos, caso do rato, do preá,  da cutia, do ouriço-cacheiro, da paca, do castor e do esquilo. A capivara, animal comumente encontrado no Pantanal, é a maior espécie de roedor do mundo. Coelhos e lebres não devem ser confundidos com roedores; constituem outra ordem, a dos lagomorfos.


Carnívoros: os animais incluídos entre os carnívoros também formam um grande grupo. O nome refere-se aos dentes pré-molares e molares, com arestas cortantes, chamados de dentes carniceiros. Os dentes caninos são grandes, importantes na captura das presas. Os carnívoros terrestres têm os dentes separados, enquanto os de hábito aquático têm menbranas entre os dedos, uma adaptação à natação. Destes, podemos citar alguns exemplos como as morsas, as focas, os elefantes-marinhos e os leões-marinhos. Os terrestres são os canídeos (cão, lobo, lobo-guará, coiote, raposa), os felídeos (leão, tigre, leopardo, pema, gato, jaguatirica), os ursídeos ( ursos) e os hienídeos (hiena).



Sirênios: o nome do grupo significa “sereia”, figura lendária que é metade mulher e metade peixe. O grupo tem esse nome porque as fêmeas desses animais aquáticos amamentam os filhotes segurando-os junto às mamas peitorais, como um mulher. O representante dos sirênios é o peixe-boi ou manati, um dócil herbívoro aquático, que chega a 3 m de comprimento e atinge 2 toneladas.



Cetáceos: estes grupo inclui os maiores. Eles têm corpo fusiforme, com os membros anteriores transformados em remos e uma nadadeira caudal propulsora, disposta no plano horizontal. A narina fica no alto da cabeça, por onde é expelido o ar quente vindo dos pulmões. Os odontocetos, de alimentação carnívora, como as orcas, os cachalotes e os golfinhos, têm dentes. Os mistacocetos apresentam barbatanas filtradoras de plâncton, como a grande baleia-azul, representantes desta ordem são os de hábitat aquático.



Proboscídeos: são animais de pele espessa (paquidermes) e uma longa tromba (probóscide), formada pela fusão do nariz e do lábio superior. São os elefantes, com apenas duas espécies: o africano, maior, e o asiático, mais domesticável.



Perissodáctilos: são dotados de casco (ungulados), que protege um número ímpar de dedos. O terceiro dedo, mediano, é o mais desenvolvido e o único persistente em cavalos, burros e zebras (equídeos). Outros perissodáctilos são os rinocerontes e a anta (tapir) sul-americana.



Artiodáctilos: são também ungulados, mas o casco recobre um número par de dedos, geralmente dois. Os ruminantes são mais numerosos: boi, bisão, búfalo, cabra, carneiro (bovídeos); veado, rena, caribu, alce (cervídeos); girafa, lhama, camelo (duas corcova) e dromedário (uma corcova). Os não ruminantes são o porco e o hipopótamo.



Xenartros ou desdentados: são típicos da fauna sul-americana, como tatu e o tamanduá, que não têm dentes. As preguiças, também pertencentes a essa ordem, apresentam apenas os dentes motares da parte anterior dos maxilares.



Pholidota: pequeno grupo de animais semelhantes ao tamanduá, mas com o corpo coberto de grandes escamas córneas. Um exemplo é o pangolim, da África, que, para se proteger, enrola o corpo, como o tatu-bola.



Primatas: são mamíferos de grande desenvolvimento encefálico, pernas longas, dedos com unhas, órbitas voltadas para a frente e dentes molares com tubérculos adaptados á alimentação onívora. Muitas espécies são exclusivamente arborícolas e de cauda preênsil, capazes de se enrolar nos galhos. Dentro dessa ordem podemos destacar dois grupos:
   1- platirrinos, ou macacos do Novo Mundo: saguis, micos, macacos-aranha, bugios, muriquis e outros



 2- catarrinos, ou macacos do Velho Mundo: babuínos, mandris, gibões e hominídeos. É neste grupo que se inserem os primatas de maior porte corporal (conhecidos justamente como “grandes macacos”): os orangotangos, os gorilas, os chimpanzés, os bonobos e os seres humanos.  Além desses, outros primatas que apresentam a diversidade dessa ordem são: lêmures, tásios, lóris e gálagos, todos de pequeno e médio porte e hábitos arborícolas.


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