FLORESTAS TROPICAIS SÃO CAPAZES DE RESISTIR AO AQUECIMENTO GLOBAL

Uma nova pesquisa publicada neste domingo mostra que as florestas tropicais correm menos risco de perder sua cobertura vegetal como consequência do aquecimento global do que as previsões mais alarmistas mostravam.

NASA PLANEJA CAPTURAR ASTEROIDE E COLOCÁ-LO EM ÓRBITA DA LUA

A Nasa anunciou nesta quarta-feira o projeto de capturar um pequeno asteroide, colocá-lo em órbita da Lua e explorá-lo cientificamente.

CIENTISTAS DIZEM QUE UM COMETA, NÃO UM ASTEROIDE, CAUSOU A EXTINÇÃO DOS DINOSSAUROS

Dupla de pesquisadores afirma que o corpo celeste que atingiu o planeta era menor e mais rápido que um asteróide

NO PASSADO, AQUECIMENTO GLOBAL AUMENTOU A BIODIVERSIDADE

Em grandes escalas de tempo, aumento da temperatura favorece mais o surgimento que a extinção de espécies, segundo cientistas britânicos.

VULCÕES EXTINGUIRAM METADE DAS ESPÉCIES DA TERRA HÁ 200 MILHÕES DE ANOS

Utilizando um novo processo de datação de rochas, pesquisadores americanos relacionaram com precisão um intenso período de erupção vulcânica à extinção de cerca de metade das espécies existentes...

domingo, 17 de novembro de 2013

Aranha espinhosa



  • Nome Científico: Gasteracantha falcicornis
  • Nome Inglês: Spider-thorny
  • Reino: Animalia
  • Filo: Arthropoda 
  • Classe: Arachnida
  • Ordem: Araneae
  • Família: Araneidae
  • Área de Ocorrência: É encontrado na África Oriental e Austral.
  • Hábito Alimentar: Insetos de pequeno porte
  • Dimensões:  Alcançando no máximo 2cm. 
  • Reprodução Animal:A fêmea, maior e mais colorido do que o macho, tem um abdômen vermelho decorado com muitos buracos negros e profundos.
  • Curiosidades:  Há um longo chifre, curvo preto em cada lado e dois chifres mais curtos, retos na parte da frente e na traseira.


Top 20: As aranhas mais estranhas e bonitas do mundo

São mais cores, olhos e pernas do que se possa contar. As aranhas causam tanto fascínio, quanto horror entre os humanos. Os entusiastas chegam a pagar centenas de dólares por uma tarântula P. metallica, de pelos roxos e azuis. Enquanto os mais sensatos fogem para longe das treze manchas vermelhas que aviúva-negra mediterrânea carrega no abdômen.
Pequenas e controversas, elas habitam nossos jardins com discrição, tecendo sem ser notadas e nos poupando muitas vezes de insetos indesejados. Algumas destas teias, como o ziguezague em cruz daArgiope sp., ainda intrigam cientistas. Já o ritual de acasalamento da aranha-pavão merece plateia, revelando-se um colorido espetáculo de proporções milimétricas.
As aranhas são donas dos abdomens mais exuberantes do reino animal e reunimos aqui, em uma galeria de fotos, 20 espécies que você não pode deixar de conhecer. Confira!


Araneus marmoreus são aranhas inconfundíveis. O abdômen opulento, com padrões semelhantes aos do mármore, rendeu-lhes o nome de tecedeiras-marmoreadas.


As aranhas saltadoras (Salticidae), popularmente conhecidas como papa-moscas, podem ser tão pequenas que raramente são notadas. Esta Maratus spicatus, por exemplo, ostenta listras azuis e douradas em seu minúsculo abdômen.


Os olhos das aranhas-lobo (na foto, uma Hogna sp.) são dispostos de maneira incomum, em três fileiras. A combinação garante uma visão excelente à espécie, que caça à noite.


Outra aranha espinhosa é a Micrathena sp., uma exuberante moradora do Equador (foto). As espécies do gênero costumam ser encontradas em florestas densas – inclusive na Amazônia.


Com longos “espinhos” localizados na parte de trás de seu escudo, a Gasteracantha dalyi afasta possíveis predadores, entre eles, pássaros.


A pequena Gasteracantha falcicornis faz parte de um colorido grupo de aracnídeos conhecido como “espinhosas”. Inofensivas aos humanos, estas espécies são famosas por seus escudos pontudos.


De abdômen bicolor, esta pequena aranha é a Colaranea viriditas, uma espécie endêmica da Nova Zelândia.


Ao invés da ampulheta clássica, a viúva-negra mediterrânica ostenta treze gotas no abdômen (o que originou seu nome científico, L. tredecimguttatus). As fêmeas são igualmente venenosas às suas primas americanas e conhecidas por matar bois em áreas rurais da Europa.


aranha-caranguejo-das-flores (Misumena vatia) faz jus ao nome: exibe alongadas patas dianteiras, camuflada sobre uma aquiléia-mil-folhas (Achillea millefolium).


Já as fêmeas Mopsus mormon parecem trajar uma elegante máscara branca, que lembra uma peça rendada e decorada com detalhes vermelhos. Esta espécie é comum na Austrália.


Para saber se um Mopsus mormon é macho, basta observar o “topete” de fios pretos no topo da cabeça, acompanhado sempre por uma curiosa “costeleta” branca nas laterais.


Os palpos da Oxyopes salticus parecem “calçados” em pantufas pretas. Esta espécie integra um grupo conhecido como aranhas-lince e ajuda agricultores brasileiros a controlar pragas nas plantações de soja.


Talvez as aranhas A. aetherea A. keyserlingi não sejam assim tão distintas visualmente, mas suas teias contam uma história interessante. O padrão em ziguezague, tecido somente pelas fêmeas, é associado à cruz de Santo André. O apóstolo ficou conhecido na tradição católica por ter sido crucificado em uma estrutura no formato de xis – como a teia da foto.


Parece um escorpião e até se move como um: quando ameaçada, a Arachnura higginsi chega a curvar a cauda para simular um ataque. Entretanto, não há ferrão ou veneno na outra ponta. É mesmo uma aranha.


O macho (menor) e a fêmea Herennia multipuncta parecem espécies completamente diferentes de aranhas.


Os machos Eresus sandaliatus tornaram esta espécie conhecida como aranha-joaninha (as fêmeas são inteiras pretas). Raras, estas aranhas vêm reconstituindo a sua população, após terem sido consideradas extintas no Reino Unido.


aranha Kerengga (Myrmarachne plataleoides) é uma espécie asiática que mimetiza uma formiga. Os machos, como este na foto, têm as quelíceras alongadas e as usam como uma espécie de espada em suas disputas. Já as fêmeas são discretas e mais parecidas com a formiga Kerengga (Oecophylla smaragdina).  


Bicho-pau? Olhe de novo. Esta é uma Argyrodes colubrinus, aranha especializada em caçar outras aranhas, como as armadeiras (da família Ctenidae).


Com menos de cinco milímetros e cores ostensivas, as belas aranhas-pavão (Maratus volans) recebem este nome graças ao seu ritual de acasalamento. Assim como as aves, o macho ergue a parte colorida do abdômen, que se abre como uma aba, junto ao terceiro par de pernas. A dança exótica atrai as fêmeas.


As extravagantes tarântulas P. metallica ocupam hoje uma área de menos de 100 quilômetros quadrados em uma reserva na Índia e constam como “em perigo crítico de extinção” na lista vermelha da IUCN (International Union for Conservation of Nature).


Fonte: viajeaqui.abril.com.br

sábado, 16 de novembro de 2013

Seu cachorro é um gênio — saiba o porquê

Neurocientista especialista em antropologia evolutiva afirma que o cão é o segundo mamífero mais bem-sucedido do planeta, atrás apenas dos humanos


Em um mundo em que o nascimento de bebês cai, a população de cães de estimação aumenta. É cada vez mais comum encontrar animais cercados de mimos, tratados como filhos pelos donos. O sucesso dos cachorros entre os humanos se explica pela genialidade canina, segundo Brian Hare, neurocientista fundador do Centro de Cognição Canina da Universidade Duke, nos EUA, e sua mulher, a jornalista e cientista Vanessa Woods, autores do livro Seu Cachorro É um Gênio! (Ed. Zahar), que chega às lojas nesta quinta-feira.

Baseados em um conjunto de trabalhos sobre o assunto que apelidaram de caninognição – ou seja, a cognição dos cães –, os autores chegaram à conclusão de que o processo evolutivo que transformou lobos em cachorros domésticos fez com que os animais adquirissem um novo tipo de inteligência social.

Essa inteligência teria tornado os cães muito semelhantes a bebês humanos, em termos de comportamento e de habilidades de comunicação – conquistando seus donos definitivamente. De acordo com Brian Hare, depois dos seres humanos, os cachorros são os mamíferos mais bem-sucedidos do planeta, superando até mesmo os chimpanzés, famosos por sua esperteza.

Fonte: veja.abril.com.br


Imagem inédita mostra Saturno em suas cores naturais

Nasa divulga primeira fotografia de Saturno na qual aparecem, além de todas as suas luas e anéis, os planetas Terra, Vênus e Marte

A Nasa divulgou nesta terça-feira uma fotografia inédita de Saturno, capturada pela sonda Cassini, em suas cores naturais. Essa é a primeira vez em que os pesquisadores conseguem mostrar em uma única imagem Saturno, suas luas e anéis, e o brilho longínquo dos planetas Terra, Vênus e Marte. O panorama cobre 651.591 quilômetros e é, na verdade, um mosaico composto por 141 fotografias tiradas durante quatro horas no dia 19 de julho.


Imagens da Terra capturadas a partir de regiões tão distantes são muito raras — essa é a terceira foto do tipo já divulgada até hoje. É que, visto a longa distância, o planeta aparece muito perto do Sol. Se a Cassini, por exemplo, tentar fotografar o planeta sob condições normais, corre o risco de danificar os seus sensíveis equipamentos. Por isso, a equipe responsável pela sonda esperou por um momento em que o Sol estivesse escondido atrás de Saturno, e a Terra continuasse visível. Isso foi possível no dia 19 de julho, quando a Nasa criou a campanha "Acene para Saturno". A agência pediu para que pessoas de todo o mundo olhassem em direção ao planeta no mesmo instante em que a sonda estivesse fotografando a Terra.

"Com essa vista magnífica, a Cassini nos entregou um universo de maravilhas. E fez isso justamente em um dia em que pessoas de todo o mundo, em uníssono, sorriram em comemoração à alegria de estar vivo em um pálido ponto azul”, disse Carolyn Porco, líder da equipe de imagens da Cassini.

O pálido ponto azul citado pela pesquisadora é a própria Terra, que aparece como um ponto brilhante abaixo de saturno. A fotografia também mostra Vênus, à esquerda, e Marte como um ponto tênue um pouco mais distante. Além deles, são vistas brilhando no espaço escuro sete luas de Saturno. A imagem pode ser vista em todos os detalhes no site da Nasa.

Anéis — A imagem deve ajudar os cientistas a estudar o planeta e seus anéis, principalmente o anel E, o mais externo na imagem. "Este mosaico fornece uma notável quantidade de dados de alta qualidade sobre os anéis difusos de Saturno, revelando todos os tipos de estruturas intrigantes que estamos tentando entender. O anel E mostra determinados padrões que provavelmente refletem distúrbios vindos de fontes tão diversas como a luz solar e a gravidade da lua Encélado”, diz Matt Hedman, cientista da Universidade de Idaho, nos Estados Unidos, que participa da missão.

Lançada em 1997, a Cassini tem explorado a região de Saturno há cerca de nove anos. Segundo a Nasa, a missão deve durar até 2017. "Com uma dança longa e intrincada em torno de Saturno, a Cassini tem como objetivo estudar o planeta a partir de todos os ângulos possíveis", diz Linda Spilker, cientista do projeto Cassini instalada no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, na Califórnia.

"Além de nos mostrar a beleza do planeta, dados como esse também melhoram a nossa compreensão sobre a história dos anéis em torno de Saturno e a forma como os discos se formam em torno dos planetas. São pistas sobre como o próprio Sistema Solar se formou em torno do Sol", diz a pesquisadora.

sábado, 9 de novembro de 2013

Um experimento simples e interessante

Em 1881, Charles Darvin e seu filho Francis estava curiosos em relação ao crescimento das plantas, que se curvavam em direção a uma fonte de luz (fototropismo positivo). Trabalhando com plantinhas de alpiste, deixavam um grupo-controle exposto à luz (grupo A) e outro, de plantinhas com o ápice caulinar coberto com um capuz opaco, feito com lâmina de estanho (grupo B). Após algumas horas de exposição a uma fonte de luz lateral, observaram que as plantinhas do grupo A cresceram curvando-se em direção a luz. As do grupo B cresceram, mas não apresentavam curvatura, isto é, não mostravam fototropismo, que é o crescimento influenciado pelo estímulo luminoso.


Ao retirar os capuzes das plantinhas do grupo B, e mantê-las expostas à mesma fonte lateral de luz, elas mostravam a curvatura no crescimento. Os Darvin concluíram, então, que alguma "influencia" era transmitida do ápice caulinar para o restante da planta, promovendo a curvatura. Se o ápice não recebesse a luz, não exerceria "influencia".

Em 1926, o britânico holandês Fritz Went formulou a hipótese de que a "influencia" citada pelos Darvin correspondia a uma substância produzida no ápice caulinar e que migrava para baixo. Para testar essa hipótese, ele removeu o ápice caulinar de uma planta jovem e colocou sobre um pequeno bloco de gelatina. Com isso, esperava que tal substância migrasse do ápice para o bloco. Algum tempo depois, colocou o bloco na planta, no lugar de onde havia tirado o ápice. Em seguida, a planta foi deixada na ausência da luz por algum tempo.

Went observou, então, que a planta crescera normalmente, como se ainda possuísse o ápice caulinar. Somente em 1934, os químicos holandeses Kogl e Haagen-Smit, após muitos experimentos, descobriram qual era essa substância indutora do crescimento: o ácido indolilacético (AIA). Essa substância é a mais comum de uma série de outras que desempenham o papel de reguladores de vários processos fisiológicos das plantas. As substâncias com tais propriedades são conhecidas como fitormônios.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Platelmintos

Os platelmintos são vermes achatados, alongados, em forma de lâminas ou fitas, e neles se distinguem uma cabeça e uma região caudal. Eles são triblásticos cujo mesoderme dá origem a um tecido de preenchimento dos espaços entre os órgãos, não existindo uma cavidade, o celoma, daí falarmos em acelomados.

O tubo digestório é formado por boca, faringe, intestino simples ou ramificado, mas não possui ânus. Uma importante aquisição evolutiva do grupo foi o surgimento de células excretoras especiais, as células-flama, que formam canalículos com feixes de cílios, cujo batimento permite-lhes expelir excretas solúveis, removidas dos tecidos corporais.


As planárias, espécies adaptadas à vida aquática, têm epiderme ciliada; camadas de musculatura com as fibras dispostas em várias direções, que lhes permite grande variedade de movimentos; duas aurículas laterais, na cabeça, que são órgãos sensoriais quimiorreceptores, e dois ocelos, capazes de perceber a direção da incidência da luz. Apesar de medirem apenas milímetros, elas são bastante conhecidas pela grande capacidade de regeneração, pois quando se seccionadas em um ou mais pedaços, cada um deles pode originar um novo indivíduo.


Nesse filo existem três classes: os turbelários, que são de vida livre, como as planárias; os tremátodos e os céstodos, que são todos parasitas.
Os tremátodos  apresentam um tubo digestório incompleto e ventosa para a fixação no corpo de seus hospedeiros. São animais em forma de folhas ou lâminas, pequenos, atingem entre 2 ou 3 cm. Eles parasitam órgãos viscerais (como fígado, pâncreas e intestino) de bois, carneiros e até brânquias de peixes. O mais importante parasita humano é o esquistossomo, que causa a verminose chamada popularmente de barriga-d'água.


Os céstodes são as tênias ou solitárias que, na fase adulta, vivem na luz intestinal de muito hospedeiros mamíferos, incluindo o ser humano. Elas não apresentam um sistema digestório e, pela grande superfície do seu corpo, absorvem os produtos finais dos alimentos já digeridos pelas enzimas dos hospedeiros.
O corpo das tênias é, em geral, uma longa fita achatada, que pode atingir metros de comprimento. A cabeça ou escólex é pequeno, com quatro ventosas, e a partir dela se desenvolve um grande número (até milhares) de proglotes ou segmentos, com cerca de 0,5 cm de comprimento cada um.


A larva das tênias se alojam na musculatura, nas vísceras e no sistema nervoso de vários hospedeiros intermediários, como mamíferos e peixes .
Devido ao tamanho e à competição entre elas, em geral apenas uma tênia adulta permanece fixa na mucosa intestinal de uma pessoa parasitada, daí o nome solitária. No intestino, o crescimento é contínuo pela produção de novos proglotes na região do colo, junto ao escólex. Se todo o corpo dela for removido do hospedeiro, permanecendo apenas o escólex, ela pode se regenerar e tornar-se adulta, completa.
As duas espécies parasitas humanas são a Taenia solium (tênia porcina) e a Taenia saginata (tênia bovina), respectivamente com os hospedeiros intermediários porco e boi.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Pesquisadores encontram fragmento de cometa que atingiu a Terra há 28 milhões de anos

Há 28 milhões de anos, um cometa adentrou a atmosfera terrestre, acima da região que viria a ser conhecida como Egito. Ao entrar em contato com o ar, o cometa explodiu, espalhando uma enorme onda de fogo que destruiu todas as formas de vida em seu caminho. O calor produzido foi tão alto que transformou o solo do deserto em vidro. Nesta quinta-feira, pesquisadores da Universidade de Witts, na África do Sul, anunciaram em uma palestra que identificaram um pedaço do cometa responsável por toda essa destruição.


O pequeno pedaço de rocha preta é a primeira prova material encontrada por cientistas de um cometa que atingiu a Terra. Formados em regiões distantes do Sistema Solar, a partir de gelo e poeira, eles normalmente se desintegram quando entram em contato com a atmosfera. “Os cometas são bolas de neve sujas de poeira que sempre passam pelos nossos céus, mas nunca havíamos encontrado o material de que eles são feitos na superfície terrestre", afirma David Block, pesquisador da Universidade de Wits e um dos responsáveis pela descoberta.

Em seu estudo, os pesquisadores realizaram uma análise das propriedades químicas e físicas de uma pequena e brilhante rocha negra que havia sido encontrada por geólogos no sudoeste do Egito. Dura e angular, a pedra foi nomeada pelos cientistas de Hipátia, em homenagem à mais antiga filósofa, astrônoma e matemática de que se tem notícia: Hipátia de Alexandria.

A análise dos pesquisadores mostrou que ela era composta principalmente por carbono, com diamantes microscópicos espalhados ao longo de sua massa. "Os diamantes são produzidos a partir do carbono. Normalmente eles se formam no fundo da terra, onde a pressão é muito alta, mas também podem ser gerados a partir de um impacto muito forte", afirma Jan Kramers, pesquisador da Universidade de Joanesburgo.

As análises dos isótopos encontrados na rocha mostraram que o material deveria ter origem extraterrestre, possivelmente fazendo parte do núcleo de um cometa. A pesquisa descrevendo a análise será publicada em novembro na revista Earth and Planetary Science Letters.

Joias e segredos — Um dos fatores que levou os cientistas a relacionar o pedaço de rocha extraterrestre com o cometa que atingiu o Egito há 28 milhões de anos foi o local onde a pedra estava, no meio de uma área de 6.000 quilômetros quadrados no deserto do Saara. Nesse lugar são encontrados, desde os tempos antigos,  pequenos fragmentos de vidro amarelado.

Segundo os pesquisadores, esses fragmentos foram produzidos justamente pelo impacto do cometa, quando o calor de até 2.000 graus Célsius transformou a areia que cobria o solo em vidro. Um desses pedaços — polido — foi parar em um pingente utilizado por Tutankhamon há mais de 3.000 anos.

Os cientistas afirmam que é extremamente raro encontrar material de cometas na superfície da Terra. Os únicos fragmentos descobertos até agora eram microscópicos, achados em meio à poeira flutuando na alta atmosfera ou no gelo antártico. A Hipátia só não teve o mesmo destino porque seu impacto com a Terra teria resultado na formação de um material mais resistente às intempéries.


A descoberta de material presente em cometas é de alto interesse científico, pois esses astros foram formados em regiões distantes, no início do Sistema Solar. “Os cometas contêm os segredos para desvendarmos a própria formação do Sistema Solar e esta descoberta fornece uma oportunidade sem precedentes de estudos", disse Block. “A NASA e a Agência Espacial Europeia gastam bilhões de dólares coletando algumas microgramas de material de cometa no espaço e trazendo-o de volta à Terra. Agora, nós temos uma possibilidade nova de estudar esse material, sem gastar tanto dinheiro para coletá-lo", diz Kramers.

Fonte: veja.abril.com.br

domingo, 8 de setembro de 2013

Idade em que se aprende 2º idioma influencia estrutura cerebral

Quanto mais especializado o cérebro se torna na língua materna, mais difícil é aprender um novo idioma.
A idade em que uma criança aprende um segundo idioma pode influenciar sua estrutura cerebral na idade adulta. É o que mostra um estudo de pesquisadores da Universidade McGill, no Canadá, e da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha.


Os pesquisadores concluíram pessoas que aprendem um ou dois idiomas desde o nascimento têm um desenvolvimento cerebral parecido, enquanto aqueles que aprendem uma segunda língua mais tarde na infância, depois dos três anos de idade, quando a língua materna já foi adquirida, têm a estrutura cerebral modificada por esse aprendizado. “Nosso trabalho mostra que a estrutura do cérebro muda como resultado da nossa experiência com idiomas, assim como os músculos ou outras partes do corpo podem mudar a partir de uma experiência específica”, disse Kate Watkins, uma das autoras do estudo, ao site de VEJA. A pesquisa foi publicada no final de junho na edição online do periódico Brain and Language.

Mudança estrutural – A equipe utilizou um programa de computador desenvolvido na própria Universidade McGill para analisar, por meio de imagens de ressonância magnética, a estrutura cerebral de 66 indivíduos bilíngues e 22 monolíngues. Os resultados mostraram que, nas pessoas que aprenderam a segunda língua após adquirirem proficiência no idioma materno, o giro frontal inferior, área do cérebro relacionada à produção e compreensão da fala, apresenta alterações: o lado esquerdo se torna mais espesso, enquanto o giro frontal inferior direto fica mais fino.

Segundo os autores, o fato de o lado esquerdo ser mais espesso pode indicar que essa região não passou pelo afinamento característico da maturação do cérebro. “Ou a sua maturação foi atrasada ou as conexões excessivas não foram ‘aparadas,’ porque elas estão dando suporte para a segunda língua, adquirida mais tarde”, afirma Denise Klein, principal autora do estudo.

Assim, quanto mais tarde na infância uma pessoa aprender um segundo idioma, maiores as mudanças estruturais nessa região cerebral. “Independentemente de serem uma, duas ou mais línguas, nosso estudo mostra que a idade [em que elas são aprendidas] é o fator crucial para determinar como a estrutura do cérebro será alterada”, afirma Kate.


As autoras reforçam que aprender outro idioma é bom para o cérebro em qualquer idade, porém quanto maior a idade de uma pessoa, sua eficiência para adquirir esse conhecimento tende a ser menor. “Isso pode acontecer porque o cérebro já se tornou altamente especializado na sua língua materna, o que torna mais difícil utilizar essa arquitetura para produzir um idioma diferente”, explica Denise.

Fonte: veja.abril.com.br

Animais Abissais

Sempre que se aventuram nas profundezas abissais dos oceanos, em regiões onde a luz do sol não chega e a pressão esmagaria um ser da superfície, os biólogos costumam deparar com espécies desconhecidas. São peixes, polvos, lulas e águas-vivas que ao longo da evolução adquiriram aparência surpreendente ao se adaptar ao ambiente hostil em que vivem. Há hoje cinco submarinos, dois russos, um americano, um francês e um japonês, que fazem pesquisas em águas a mais de 3 000 metros de profundidade. A cada duas espécies que eles registram, uma era desconhecida da ciência.


Uma coleção de 220 dessas descobertas recentes foi reunida num livro recém-lançado nos Estados Unidos,The Deep: The Extraordinary Creatures of the Abyss (As Profundezas: As Extraordinárias Criaturas do Abismo), da pesquisadora e produtora de filmes francesa Claire Nouvian. A maioria dos animais foi fotografada em seu ambiente natural por câmeras instaladas em submarinos tripulados ou em robôs mergulhadores, capazes de descer a até 6 000 metros. Outros foram fotografados no convés dos barcos após ser trazidos para a superfície em câmaras especiais que mantêm a pressão do fundo do mar.

“Antigamente, imaginava-se que, quanto maior a profundidade, menos vida havia. Não é nada disso”, disse Claire a VEJA. “A diversidade é impressionante.” Embora haja muito mais espécies nas águas profundas do que se imaginava, a densidade populacional de cada uma delas é pequena em comparação com a de espécies que vivem próximo à superfície.

Por isso mesmo, a evolução favoreceu os animais capazes de enfrentar escassez de alimentos e de parceiros sexuais. Os peixes machos da espécieCeratias holboelli, quando encontram uma fêmea, grudam nela e sofrem uma metamorfose: suas atividades vitais adormecem e eles viram um parasita cujo único órgão ativo é o reservatório de sêmen. Uma forma de facilitar os encontros na escuridão é a bioluminescência. Esse fenômeno ocorre quando peixes, polvos e outros organismos emitem luz própria ou vivem em parceria com bactérias luminosas. As luzes atraem parceiros da mesma espécie. A bioluminescência também atua como isca para os peixes carnívoros atraírem suas presas. Algumas espécies possuem um tipo de vara com uma isca luminosa na ponta que fica a apenas alguns centímetros à frente da boca. Quando uma presa se aproxima, é imediatamente engolida.

Caranguejeira-de-joelho-laranja


  • Nome Científico:  Megaphobema mesomelas
  • Nome Inglês:  Costa Rican redleg
  • Reino:  Animalia
  • Filo:  Arthropoda
  • Classe:  Arachnida
  • Ordem:  Araneae
  • Família:  Theraphosidae
  • Área de Ocorrência:  Costa Rica.
  • Hábito Alimentar:  Pequenos vertebrados e insetos.
  • Dimensões:  Aproximadamente 13 cm.
  • Reprodução Animal:  A reprodução ocorre através do acasalamento, quando o macho introduz espermas na fêmea com a ajuda de suas patas, pois se tiver muito contato, ele pode ser devorado por ela. Ao nascerem, os filhotes saem da toca para viverem de forma independente.
  • Curiosidades:  Também conhecida como tarântula, estas grandes aranhas não fazem teias de captura e vivem em tocas, que cavam no solo e revestem com suas teias para manter a temperatura ideal. Possuem hábitos noturnos e solitários. Seu corpo é dividido em duas partes, cefalotórax e abdômen, revestidos por pêlos urticantes, que elas raspam com as patas quando irritadas para espalhá-los, e podem causar alergias nos seres humanos.Possuem um par de quelíceras, para inoculação de veneno e manipulação do alimento, um par de pedipalpos e quatro pares de pernas para locomoção. Sua visão é bastante limitada, possuindo olhos capazes apenas de identificar luz e sombra. As aranhas se orientam principalmente por cerdas sensitivas que estão espalhadas por todo seu corpo.

Caranguejeira-golias


  • Nome Científico:  Theraphosa blondi
  • Nome Inglês:  Goliath Tarantula
  • Reino:  Animalia
  • Filo:  Arthropoda
  • Classe:  Arachnida
  • Ordem:  Araenae
  • Família:  Theraphosidae
  • Área de Ocorrência:  Ocorre na Venezuela, Norte do Brasil, Guianas e Suriname.
  • Hábito Alimentar:  Alimentam-se de anfíbios, répteis, lagartos e insetos.
  • Dimensões:  25 cm.
  • Reprodução Animal:  Reproduz na época das chuvas.
  • Curiosidades:  Uma das aranhas de maior porte conhecidas em todo o planeta. Apesar de ser muito agressiva e sua picada muito dolorosa, seu veneno não é considerado perigoso para o ser humano.

Caranguejeira-rosa-brasileira


  • Nome Científico:  Lasiodora parahybana
  • Nome Inglês:  Brazilian salmon pink tarantuala
  • Reino:  Animalia
  • Filo:  Arthropoda
  • Classe:  Arachnida
  • Ordem:  Araenae
  • Família:  Theraphosidae
  • Área de Ocorrência:  No Brasil, do Nordeste ao Rio de Janeiro.
  • Hábito Alimentar:  Carnívoras, alimentando-se principalmente de insetos, outras aranhas e pequenos vertebrados.
  • Dimensões:  Entre 20 cm.
  • Reprodução Animal:  A reprodução ocorre através do acasalamento, quando o macho introduz espermas na fêmea com a ajuda de suas patas, pois se tiver muito contato, ele poderá ser devorado por ela. Esta produz de 50 a 200 ovos.
  • Curiosidades:  Esta espécie recebe este nome por ser originária do nordeste brasileiro e pela coloração das suas cerdas, da cor rosa.Também conhecida como tarântula, estas grandes aranhas não fazem teias de captura e vivem em tocas, que cavam no solo e revestem com suas teias para manter a temperatura ideal. Possuem hábitos noturnos e solitários.Seu corpo é dividido em duas partes, cefalotórax e abdômen, revestidos por pêlos urticantes, que elas raspam com as patas quando irritadas para espalhá-los, podendo causar alergias nos seres humanos.Possuem um par de quelíceras, para inoculação de veneno e manipulação do alimento, um par de pedipalpos e quatro pares de pernas para locomoção.Sua visão é bastante limitada, possuindo ocelos capazes apenas de identificar luz e sombra. As aranhas se orientam principalmente por cerdas sensitivas, que estão espalhadas por todo seu corpo.

Caranguejeira-de-patas-rosas


  • Nome Científico:  Avicularia sp
  • Nome Inglês:  South American Pink-Toe
  • Reino:  Animalia
  • Filo:  Arthropoda
  • Classe:  Arachnida
  • Ordem:  Araenae
  • Família:  Theraphosidae
  • Área de Ocorrência:  norte da América do Sul.
  • Dimensões:  Até 15 cm.
  • Reprodução Animal:  A reprodução ocorre através do acasalamento, quando o macho introduz espermas na fêmea com a ajuda de suas patas, pois se tiver muito contato, ele poderá ser devorado por ela.
  • Curiosidades:  Também conhecida como tarântula, estas grandes aranhas não fazem teias de captura e normalmente vivem em árvores, palmeiras ou telhados feitos com folhas de palmeiras.Possuem hábitos noturnos e solitários. Seu corpo é dividido em duas partes, cefalotórax e abdômen, revestidos por pêlos urticantes, que elas raspam com as patas quando irritadas para espalhá-los, e podem causar alergias nos seres humanos.Possuem um par de quelíceras, para inoculação de veneno e manipulação do alimento, um par de pedipalpos e quatro pares de pernas para locomoção.Sua visão é bastante limitada, possuindo olhos capazes apenas de identificar luz e sombra. As aranhas se orientam principalmente por cerdas sensitivas, que estão espalhadas por todo seu corpo.

sábado, 7 de setembro de 2013

Sonda que buscará resolver mistério lunar é lançada

Missão vai tentar desvendar brilho nos crepúsculos lunares, fenômeno descrito por astronautas que estiveram na Lua como semelhante à aurora boreal
A Nasa lançou na madrugada deste sábado, a partir da Ilha de Wallops, no litoral do estado da Virgínia, a cápsula robótica que orbitará a Lua para tentar resolver um mistério de cinco décadas: os crepúsculos lunares. A sonda chamada Explorador de Atmosfera e Poeira Lunar (Ladee, na sigla em inglês) tem o tamanho de um automóvel compacto e pesa 383 quilos.


O foguete carregando a cápsula partiu, segundo o programado, à 0h27 deste sábado (em Brasília) da instalação da Nasa onde funciona o Centro Espacial de Wallops, localizado a 270 quilômetros da capital americana. Criado em 1945, ele tem sido usado para lançar pequenas naves suborbitais e balões científicos.

Aurora boreal – Na última expedição tripulada até a Lua, a Apollo 17, os astronautas relataram ter visto um brilho no horizonte lunar logo antes do nascer do Sol, semelhante à aurora boreal. O fenômeno, esboçado em seu caderno por Eugene Cernan, comandante da missão, surpreendeu os cientistas, já que a lua não tem uma atmosfera suficiente espessa o suficiente para refletir a luz do Sol dessa maneira.

A nova missão, estimada em 280 milhões de dólares, vai durar aproximadamente um mês. Quando entrar na órbita lunar, o Ladee vai testar a teoria elaborada pelos cientistas segundo a qual o misterioso fenômeno é efeito da poeira lunar, eletricamente carregada, em suspensão.

a sonda vai investigar ainda o entorno gasoso da Lua, denominado exosfera (fino demais para ser considerado uma atmosfera). De acordo com os especialistas encarregados da missão, os dados podem ajudar na pesquisa de outros corpos do Sistema Solar, como o planeta Mercúrio e asteroides.


"Por meio das sondas de reconhecimento, descobrimos que a Lua continua evoluindo e que, de fato, tem uma espécie de atmosfera", disse John Grunsfeld, administrador associado da Nasa e encarregado de missões científicas. Para ele, esta missão "poderia ajudar a entender melhor a diversidade do nosso Sistema Solar e sua evolução".

Fonte: veja.abril.com.br

Sensor dentro de vulcão poderá prever erupções

A tecnologia pode ganhar outras funções, como analisar bombas subterrâneas
Cientistas ingleses desenvolveram um sensor que poderá ser jogado dentro de um vulcão para alertar quando ele entrará em erupção. A tecnologia está sendo desenvolvida na Universidade de Newcastle (Inglaterra) e utiliza uma mistura de silício com carbono, chamada carbeto de silício, para gerar um material ultrarresistente capaz de suportar temperaturas de até 900°C.


O dispositivo, que terá o tamanho de um iPhone, poderá medir mudanças sutis nos níveis de gases vulcânicos, como o dióxido de carbono e o dióxido de enxofre. Depois disso, um sensor sem-fio enviará dados em tempo real para a superfície, proporcionando informações vitais sobre a atividade vulcânica e uma possível erupção. Até o momento, não é possível monitorar com precisão o que acontece dentro de um vulcão e a maior parte das informações são coletadas após uma erupção, explicou Alton Horsfall, chefe da pesquisa, ao jornal inglês Daily Mail.


Os cientistas ainda precisam refinar a tecnologia que envolve o carbeto de silício e o sistema sem-fio que irá funcionar dentro do vulcão. Apesar disso, ele explica que o dispositivo poderá ter outras funções. "Se alguém disparar uma bomba subterrânea, por exemplo, esse aparelho poderá informar com exatidão o que aconteceu antes que um esquadrão seja enviado", concluiu Horsfall.

Fonte: veja.abril.com.br

Maior vulcão do planeta é descoberto no Oceano Pacífico

Denominado Tamu Massif, o vulcão tem a área do estado do Rio Grande do Sul e está entre os maiores do Sistema Solar
Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu o maior vulcão já encontrado na Terra. Submerso no Oceano Pacífico, o Tamu Massif tem tamanho comparável aos vulcões gigantes de Marte, o que o coloca também entre os maiores do Sistema Solar — o Olympus Mons, um vulcão gigante de Marte considerado o maior do Sistema Solar, é apenas 25% maior do que o Tamu Massif. O vulcão está localizado a cerca de 1.600 quilômetros a leste do Japão e ocupa uma área de aproximadamente 300.000 quilômetros quadrados — maior do que o estado do Rio Grande do Sul.


William Sager, professor do Departamento de Ciências Atmosféricas e da Terra da Universidade de Houston, nos Estados Unidos, começou a estudar o vulcão vinte anos atrás. Até agora, não estava claro para os pesquisadores se o Tamu Massif era um vulcão único ou se era formado por diversos pontos de erupção.

No novo estudo, publicado nesta quinta-feira no periódico Nature Geoscience, os autores analisaram amostras do vulcão colhidas pelo navio de pesquisa Joides Resolution, parte do Ocean Drilling Program (Programa de Perfuração Oceânica), uma iniciativa internacional de exploração e estudo da composição e estrutura do solo oceânico. A partir dessas amostras, eles concluíram que o vulcão entrou em erupção a partir de um único ponto, perto do centro, o que permite que ele seja considerado o maior vulcão individual do planeta.

Além do tamanho, o Tamu Massif também se destaca por seu formato: é um vulcão-escudo, nome dado aos vulcões que têm forma de uma larga montanha, com o perfil de um escudo. Ele é relativamente baixo e amplo, o que indica que a lava expelida deve ter percorrido longas distâncias antes de resfriar, diferentemente da maioria dos vulcões, que costumam ser pequenos e verticais.


De acordo com o pesquisador, a idade estimada do vulcão é de 145 milhões de anos. Acredita-se que ele tenha se tornado inativo alguns milhões de anos depois de sua formação. “Podem existir vulcões maiores, porque existem formações ígneas maiores no mundo, mas não sabemos se essas formações são um vulcão único ou um complexo de vulcões”, explica o pesquisador.

Fonte: veja.abril.com.br

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Astrônomos brasileiros descobrem a mais velha estrela gêmea do Sol

A estrela HIP 102152 tem idade estimada de 8,2 bilhões de anos, contra “apenas” 4,6 bilhões do Sol
Uma equipe internacional de astrônomos, liderada por brasileiros, anunciou nesta quarta-feira a descoberta da estrela gêmea do Sol mais velha conhecida até hoje.  Situada a 250 anos-luz da Terra, na constelação do Capricórnio, a estrela HIP 102152 tem idade estimada de 8,2 bilhões de anos – contra "apenas" 4,6 bilhões do Sol.


Gêmeas solares são estrelas que possuem massa, temperatura e composição química semelhantes às do Sol. Elas ajudam os pesquisadores a prever o que deve acontecer com a estrela nos próximos bilhões de anos ou, no caso das gêmeas mais novas, como ela tem se modificado ao longo do tempo.

A descoberta da primeira gêmea solar, denominada 18 Scorpii, ocorreu em 1997. Desde então astrônomos do mundo todo procuram por mais astros com as mesmas características. A nova estrela gêmea, além de ser a mais velha, é mais parecida com o Sol do que qualquer outra.

O estudo foi realizado com dados do Very Large Telescope, do Observatório Europeu do Sul (ESO), que fica no Deserto do Atacama, no Chile. Em mais de 40 noites de observação, os pesquisadores estudaram a composição química e outras características da estrela. O estudo que relata as descobertas da equipe foi divulgado nesta quarta-feira no site do periódico Astrophysical Journal Letters e sairá em sua versão impressa no próximo mês.

O mistério do lítio – O estudo já permitiu aos pesquisadores contribuir para a solução de um mistério de seis décadas. Por meio do estudo de meteoritos, os pesquisadores sabem que, durante sua formação, o Sol tinha uma quantidade de lítio muito maior do que a atual (estima-se que a quantidade existente agora corresponda a cerca de 1% da original). Gêmeas solares também têm quantidades maiores deste elemento. O que teria acontecido com o lítio presente no Sol?

Com a descoberta da HIP 102152, que tem em sua composição ainda menos lítio do que o Sol, os pesquisadores descobriram que há uma correlação entre a quantidade do elemento químico e a idade da estrela: conforme o astro envelhece, os processos que ocorrem em seu interior fazem com que a quantidade de lítio diminua.

Busca por planetas – As análises da nova gêmea mostraram ainda que, assim como o Sol, ela apresenta uma deficiência nos elementos refratários, aqueles que são capazes de suportar altas temperaturas e também são abundantes em meteoritos e em planetas rochosos, como a Terra. Os pesquisadores acreditam que esses elementos se encontram em menor quantidade no Sol exatamente porque foram incorporados aos planetas rochosos que fazem parte do Sistema Solar. O fato de a HIP 102152 apresentar as mesmas características indica que ela pode hospedar planetas desse tipo, apesar de nenhum deles ter sido encontrado até o momento orbitando a estrela.

Também não foi encontrado nenhum planeta gigante, como Júpiter, na zona habitável da estrela. Jorge Meléndez, pesquisador Departamento de Astronomia da Universidade de São Paulo e um dos autores do estudo, explica que esse fato reforça a possibilidade de que um planeta parecido com a Terra possa existir. Isso porque os equipamentos disponíveis atualmente não conseguem identificar planetas pequenos como a Terra, mas os planetas gigantes são mais facilmente encontrados. A existência de algum deles na zona habitável da estrela tornaria improvável a presença de um planeta rochoso, já que sua órbita seria desestabilizada pelo corpo celeste maior.

Fonte: veja.abril.com.br