quarta-feira, 5 de junho de 2013

Planeta mais leve fora do Sistema Solar é fotografado

Descoberta ajudará no estudo da formação e evolução de sistemas planetários

Obter imagens diretas de planetas é um processo complicado que requer o uso de diversas ferramentas. Apesar de a existência de quase mil planetas fora do Sistema Solar já ter sido confirmada, apenas cerca de uma dúzia deles já foi observada diretamente. Todos os demais foram descobertos por meio de métodos indiretos, que detectam os efeitos dos planetas na luminosidade das estrelas.


Agora, nove anos depois de o Very Large Telescope (Telescópio Muito Grande), do Observatório Europeu do Sul (ESO), localizado no Chile, ter capturado a primeira imagem de um exoplaneta (planeta fora do Sistema Solar), a mesma equipe obteve a imagem do que parece ser o mais leve destes corpos celestes já observado. A descoberta, que pode ajudar no estudo da formação e evolução de sistemas planetários, foi descrita em um artigo que será publicado no periódico Astrophysical Journal Letters.

Tecnologia – Estima-se que o planeta, denominado HD 95086 b, tenha de quatro a cinco vezes a massa de Júpiter (referência de massa para os planetas gasosos). As imagens do planeta foram obtidas com uso do Naco, instrumento de óptica adaptativa de um dos telescópios do Very Large Telescope, que permite a obtenção de imagens nítidas, corrigindo os efeitos de distorção da imagem provocados pela turbulência atmosférica.

O planeta orbita uma estrela jovem denominada HD 95086 a uma distância de aproximadamente 56 vezes a distância entre a Terra e o Sol – ou duas vezes a distância entre o Sol e Netuno. O sistema (planeta e estrela) fica a cerca de 300 anos-luz da Terra. A estrela tem a massa um pouco maior do que a do Sol e apenas 10 a 17 milhões de anos, o que a faz ser considerada uma estrela jovem.


Os pesquisadores acreditam que o planeta tenha se formado no interior do disco de gás e poeira que circunda a estrela. A instalação do SPHERE, instrumento de óptica adaptativa de segunda geração, no Very Large Telescope, prevista para o final de 2013, deve auxiliar na observação deste de outros exoplanetas.

Fonte: veja.abril.com.br

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